Hoje é comemorado em todo o Brasil pela Igreja Católica Romana o feriado de "Corpus Christi".
De acordo com a Igreja Católica Romana, durante a missa, no momento em que o sacerdote proclama as palavras “Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue”, ocorre o ato da transubstanciação, por meio do qual a substância do pão e vinho (neste caso, a hóstia e o vinho) se transforma no corpo e sangue de Cristo. Este é o momento mais importante de toda a celebração de Corpus Christi para os católicos romanos – as hóstias até então não consagradas, tornam-se consagradas.
"Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue". (extraído do site
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=234011 em 23.06.11).
Sobre a origem da festa, temos a seguinte informação:
"A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
Ocorre que, na verdade, tal festa não possui respaldo bíblico. Respeitando-se as regras da hermenêutica sacra, não é possível chegar à conclusão de que pão se transforma em carne e vinho em sangue de Cristo.
Tanto é que mesmo a Igreja Católica Romana não sustenta seu costume de comemorar o "Corpus Christi" na Bíblia, mas em uma visão que uma freira teria recebido depois de 1.200 anos do início do cristianismo.
Quanto ao texto utilizado para fundamentar tal prática, evidentemente em nenhum momento Cristo ensinou o canibalismo.
Quando tentando pelo diabo, Jesus Cristo disse: "Está escrito: ‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus’" (Mateus 4:4).
João diz, inspirado pelo Espírito Santo, sobre Jesus Cristo:
"No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus ... Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1:1,14).
No capítulo 6 do Evangelho escrito por João, de onde a igreja romana utiliza alguns versículos para justificar a comemoração do "Corpus Christi", Jesus afirma ser o pão celestial, "o pão vivo que desceu do céu" (João 6:41, 51).
Logo, Jesus Cristo é a Palavra de Deus encarnada, a Palavra que se fez homem. Tudo que pode ser conhecido e dito a respeito de Deus se encontra em Cristo, porque Ele é o próprio Deus.
Ao dizer que o ser humano não viverá apenas do alimento físico (nem só de pão), mas também do alimento espiritual (de toda palavra que procede da boca de Deus), Cristo afirma que temos que alimentar nosso espírito com seus ensinamentos.
Assim, as palavras de Jesus Cristo sobre "comer sua carne" e "beber o seu sangue" são uma figura de linguagem, com o significado de que o que alimenta nosso espírito é nossa fé Nele.
Quem tiver fé em Cristo, quem viver segundo seus ensinamentos, quem entregar sua vida a Ele, "quem comer este pão viverá para sempre" (João 6:58).
Faz parte dos princípios batistas o seguinte entendimento sobre o assunto:
É por tudo isso que os cristãos oriundos da Reforma Protestante não comemoram o "Corpus Christi", comemoram apenas a Ceia do Senhor onde o pão e o suco de vinho são uma representação do sacrifício de Cristo, um símbolo, para não nos esquecermos do que nosso Deus fez por nós e do que Ele fará quando retornar à Terra para consumar seu reino.
Deus os abençoe!
Pr. Nill.